Rio Grande do Sul segue sob forte chuva e enfrenta novo ciclone extratropical, elevando o número de mortes pelas enchentes

A situação de chuvas fortes e enchentes no Rio Grande do Sul continua preocupante. Depois dos estragos causados pelas enchentes da semana passada, o estado agora enfrenta a formação de mais um ciclone extratropical na costa, que deve trazer mais chuva e ventos intensos até quinta-feira.

Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), os maiores acumulados de chuva devem acontecer na faixa central, sul e oeste do estado, com expectativa de precipitação entre 100 e 150 mm, e acumulados pontuais de até 200 mm. Já na faixa norte e nordeste, a previsão é de chuva entre 80 e 100 mm.

Desde segunda-feira, tem chovido de forma intensa nos municípios da fronteira oeste e metade sul do estado. Com o aumento do nível dos rios, cerca de 600 pessoas tiveram que deixar suas casas preventivamente até a noite desta terça-feira.

Em cidades como Uruguaiana, o rio Uruguai já ultrapassou a cota de inundação, levando cerca de 70 pessoas a abandonarem suas residências. Em Rosário do Sul, mais de 170 pessoas estão abrigadas em um ginásio municipal.

Na região sul do estado, em Pedro Osório, o rio Piratini já invadiu algumas residências próximas a suas margens. Jaguarão, Pelotas, Rio Grande e Tapes, municípios da região hidrográfica da Lagoa dos Patos, também estão enfrentando alagamentos.

A Secretaria Estadual do Meio Ambiente do Rio Grande do Sul destacou que os rios Ibirapuitã, em Alegrete, e Santa Maria, em Rosário do Sul, estão em alerta para alagamentos, cheias e inundações. No entanto, não há preocupação com enxurradas como as que atingiram o Vale do Taquari na semana passada.

Não há, até o momento, a expectativa de novos danos significativos na região. Os municípios de Roca Sales e Muçum foram os mais afetados, sofrendo danos severos, enquanto outras sete cidades também registraram prejuízos.

De acordo com a Defesa Civil do Rio Grande do Sul, há 2.318 pessoas em abrigos e outras 20.517 pessoas precisaram deixar suas casas e estão hospedadas em residências de familiares.

No entanto, o retorno das chuvas dificulta as atividades de limpeza nos municípios e a busca por nove pessoas que ainda estão desaparecidas. O Governo do Rio Grande do Sul já divulgou os nomes dos desaparecidos, sendo que entre eles está a esposa de um homem que perdeu seus dois filhos na enxurrada.

Até o momento, as chuvas no estado já causaram a morte de 47 pessoas. A situação ainda é de alerta e é fundamental que a população fique atenta às orientações das autoridades.

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