O clima acalorado começou logo no início da sessão, quando o ministro Alexandre de Moraes fez duras críticas aos réus. Ele afirmou que eles são responsáveis por incitar a violência e atentar contra a democracia. Moraes destacou que as provas apresentadas foram contundentes e, por isso, a condenação se faz necessária.
Em resposta, o advogado dos réus, visivelmente irritado, questionou a imparcialidade do ministro. Ele acusou Moraes de agir em benefício próprio e de utilizar o cargo para perseguir os opositores do governo. A discussão acalorada durou alguns minutos e precisou da mediação do presidente do STF, que pediu calma aos envolvidos.
Outro momento de destaque foi protagonizado pelo ministro Roberto Barroso, que fez duras críticas à defesa dos réus. Segundo ele, os advogados estão tentando utilizar estratégias diversionistas para desviar o foco dos crimes cometidos pelos seus clientes. Barroso ressaltou que os atos de 8 de janeiro não são legítimos e não podem ser considerados como manifestações pacíficas.
A defesa, por sua vez, rebateu as críticas dos ministros e afirmou que as prisões dos réus são inconstitucionais. O advogado argumentou que seus clientes são presos políticos e estão sendo perseguidos por suas ideologias. Além disso, ele destacou que não há provas concretas de envolvimento dos réus nos atos violentos ocorridos no dia 8 de janeiro.
Após longas horas de debates acalorados, o STF decidiu pela condenação dos três primeiros réus. A decisão foi tomada por unanimidade, com os ministros concordando que as provas apresentadas são suficientes para comprovar a culpa dos envolvidos. O julgamento prosseguirá nos próximos dias, com a análise dos demais réus e a definição das penas a serem aplicadas.