Famosos denunciam ataques a filhos bebês nas redes sociais e levantam debate sobre exposição infantil digital

Recentemente, diversos casos de ataques e insultos a crianças famosas nas redes sociais têm chamado a atenção para o potencial tóxico das plataformas digitais. Celebridades como Paris Hilton e influenciadores como Viih Tube e Eliezer têm denunciado a enxurrada de comentários terríveis que seus filhos e filhas, ainda bebês, têm recebido.

Paris Hilton, ao publicar a primeira foto de seu filho de 9 meses, Phoenix, no Instagram, foi alvo de centenas de comentários terríveis, muitos dos quais zombavam do tamanho da cabeça da criança e apontavam suposta negligência médica por parte dela. Já Viih Tube e Eliezer vêm falando há meses sobre os ataques de gordofobia que a filha de 7 meses do casal, Lua, sofre nas mídias sociais.

Essas situações revelam a gravidade das agressões cometidas por anônimos nas redes sociais, que atingem crianças que simplesmente não podem se defender. O debate sobre esse tema precisa acontecer em duas frentes: tratar das punições aos responsáveis pelas mensagens, que podem ser enquadradas como calúnia, injúria e difamação, e observar o que os responsáveis devem fazer em termos de segurança e proteção dos menores.

Além dos ataques e do uso indevido das fotos, é preciso reforçar que a gravidade dos delitos pode escalar de forma assombrosa. Um exemplo é a utilização de imagens publicadas de forma aberta em redes sociais para a produção de material pornográfico, criado por pedófilos por meio de inteligência artificial e distribuído de forma indiscriminada.

A prática do “sharenting” (compartilhamento de imagens dos filhos e filhas na internet) deve ser vista com extrema cautela, pois a exposição de crianças no ambiente digital não deve ser algo corriqueiro. O risco de violência online contra crianças é real e as famílias precisam se informar cada vez mais sobre as medidas jurídicas em casos desse tipo, cobrando das plataformas e das autoridades providências para que isso não aconteça.

Portanto, no mundo conectado, a responsabilização e a responsabilidade dos adultos são fundamentais para que as crianças tenham uma infância saudável. É urgente que as pessoas entendam que podem ser punidas por difundir discursos preconceituosos e odiosos nas redes, e que as famílias estejam atentas aos possíveis perigos da exposição das crianças nas mídias sociais. O debate sobre o tema é necessário e deve envolver tanto a sociedade quanto as autoridades.

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