Um levantamento encomendado pelo Instituto Pólis apontou que sete em cada dez brasileiros já vivenciaram situações de eventos climáticos extremos. O estudo, que foi realizado presencialmente em todas as regiões do país, ouviu 2 mil pessoas no período de 22 a 26 de julho.
De acordo com a pesquisa, os eventos que mais atingiram a população foram chuvas muito fortes, seca e escassez de água, alagamentos, inundações e enchentes. A falta de água ou seca é o evento que mais gera receio nos brasileiros, seguido por alagamentos, inundações e enchentes, queimadas e incêndios, chuvas muito fortes, temperaturas extremas, deslizamentos de terra, escassez de alimentos e fome, ciclones e tempestades de vento, e a ocorrência de novas pandemias sanitárias.
Além disso, a pesquisa revelou que 98% dos entrevistados expressaram preocupação com uma nova ocorrência de eventos climáticos extremos. A parcela de pessoas que apoiaram investimentos em fontes renováveis de energia foi significativa, alcançando 84%, enquanto 73% associaram o petróleo à piora da crise climática. O carvão mineral e o gás fóssil também foram mencionados por 72% e 67% dos participantes, respectivamente.
Os pesquisadores também destacaram que há questões que atemorizam mais especificamente determinadas classes sociais ou regiões do país. Por exemplo, ciclones e tempestades de vento preocupam proporcionalmente mais a população da Região Sul, enquanto alagamentos, inundações e enchentes preocupam mais as classes D e E do que as classes A e B.
O diretor executivo do Instituto Pólis, Henrique Frota, ressaltou que os números mostram que os brasileiros querem investimento prioritário em fontes renováveis e entendem essa decisão como fundamental para o combate às mudanças climáticas. Ele ainda afirmou que o custo político sobe à medida que as autoridades governamentais insistem em apostar nas fontes não renováveis.
Esses resultados apontam para a necessidade de medidas efetivas por parte das autoridades para lidar com os impactos dos eventos climáticos extremos e investir em fontes de energia renovável. A pesquisa reforça a preocupação da população brasileira com as mudanças climáticas e a busca por soluções que contribuam para a redução dos impactos negativos no país.
